quarta-feira, 30 de março de 2016

O filósofo do prazer



EPICURO

A ÉTICA DE EPICURO - No primeiro semestre de 2016 o Professor Fernando Santoro vai se dedicar ao pensamento e ideias de Epicuro, na disciplina História da Filosofia Antiga IV. O texto base será Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres, de Diógenes Laércio. Existem várias edições disponíveis. E existe também uma edição em PDF, disponível na internet. Basta clicar AQUI.  

O livro de Diógenes Laércio conta em forma de biografia a vida de vários filósofos gregos. Dividido em dez volumes, começa com Tales de Mileto e termina com Epicuro, sendo que apenas o volume 10, dedicado a Epicuro, será trabalhado no curso. Mas isso não significa que os demais capítulos serão ignorados.

Também será trabalhado no curso o conceito do Tetrapharmakon usado por Epicuro como uma metáfora para a cura dos sofrimentos da alma. Para isso ele "receitava" quatro remédios: jamais temer a morte, a educação dos sentidos, nunca se preocupar com os deuses e ter certeza que na vida tudo passa, inclusive o sofrimento.




Considerado um filósofo grego do período helenístico, Epicuro de Samos teve uma obra tão influente que fez com que diversos e numerosos centros epicuristas fossem construídos no Egito, mais precisamente na Jônia. Seu maior discípulo foi Lucrécio, que difundiu sua filosofia ena Roma do século I. Descendente de pais atenienses, nasceu na ilha de Samos. O ano era 341 ou 342 a. C.

Segundo alguns estudiosos, o início de seu interesse pela filosofia deu-se na adolescência. Seu pai lhe enviou para Téos, pois Epicuro não concordara com o pensador Pânfilo, de sua ilha natal. Em Téos, teve os primeiros contatos com a teoria atomista, pregada por Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera. Epicuro estudou e, após algum tempo, fez uma reformulação da teoria observando alguns pontos dos quais tinha discordado.

Outro aspecto da vida de Epicuro que pode ser mencionado é a sua eterna oposição à Academia e ao Liceu, buscando uma filosofia mais prática que correspondesse ao seu tempo. Além disso, pregava que para atingir a certeza é preciso ter plena confiança naquilo que foi passado na sensação pura e, por conseguinte, nas idéias que se formam no espírito, sendo estas o resultado dos dados sensíveis reconhecidos pelas faculdades sensitivas do corpo.

Para Epicuro, o prazer é o único fenômeno capaz de trazer o bem estar. Por pensar desta forma, foi confundido com os hedonistas, que dizem ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. No entanto, Epicuro faz uma distinção entre o prazer passageiro e prazer estável. O primeiro seria a alegria, a felicidade. Já o segundo seria a total ausência de dor. Epicuro diz que os sábios procuram pelo segundo prazer, condenando as tentativas impulsivas e indiscriminadas de satisfação pessoal. Segundo ele, “nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres”.

Diógenes Laércio, um dos maiores estudiosos da obra de Epicuro, atribui ao filósofo de Samos aproximadamente trezentos tomos de uma obra escrita. Porém, esses volumes se perderam, o que restou foram apenas três cartas, uma compilação de provérbios e uma coletânea de sentenças morais. Após lecionar filosofia até 306 a C., fundou sua própria escola filosófica, conhecida como “O Jardim”. Ali lecionou até morrer.







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